Enxoval superfaturado: dicas para fugir dessa armadilha
A gente pega o resultado "positivo" e a vida vira de ponta-cabeça: exames, dúvidas e inseguranças, um mar de emoções e uma infinidade de novas despesas. É só bater o olho em qualquer lista dessas prontas de enxoval para se assustar com a quantidade de itens, que vão dos mais óbvios, como roupinhas e mobiliário, até maluquices como "aquecedor de lenço umedecido".
Para as mães de primeira viagem, e eu já fui uma, é difícil separar o joio do trigo: o que comprar? O que é realmente útil? Podemos viver sem aquela almofada de amamentação gringa que custa uma fortuna, "mas é a melhor do mercado?"
As lojas e as milhares de feiras para gestantes se beneficiam do fato de estarmos nesse momento "sensível" e apelam sem dó. E é tudo muito fofo, dá vontade de sair comprando mesmo. Mas, do alto da minha terceira gestação, e muito mais ligada em consumo consciente, Francisco terá um enxoval enxutérrimo e sem supérfluos, e mais: muita coisa de segunda mão, doada, emprestada.
Começando do zero
Claro que, com um intervalo de 9 anos entre a última gravidez e essa, eu não tinha mais nada de bebê em casa. A ideia de começar do zero me deu taquicardia até que eu me rendesse ao fato de que não precisava comprar tudo novo de novo.
As redes sociais se revelaram um ótimo local de pesquisa. As amigas que foram mães mais recentemente me indicaram grupos de troca e de compra de produtos de segunda mão. Em um deles, consegui a banheira que queria por 130 reais. Nova, ela custaria mais de 300.
Também recebi dicas de brechós incríveis. Visitei uns três e comprei muitas roupinhas usadas, mas em ótimo estado, por 5, 10 reais. O bebê cresce tão rápido e usa tão pouco cada peça que muitas pareciam zero quilômetro.
Outra iniciativa bacana foi fazer um post no facebook contando o que eu ainda não tinha e perguntando quem estava a fim de vender baratinho ou dar mesmo. Foi assim que consegui um bercinho para os três primeiros meses (usamos por um trimestre e, novos, eles chegam a custar uma pequena fortuna); um carrinho super incrementado (que provavelmente eu nem compraria); uma bomba incrível de tirar leite; uma babá eletrônica, entre outras coisas.
Além de economizar, foi muito bacana me sentir parte de uma rede solidária, contar com a generosidade dos amigos e pensar que posso criar meu bebê sem participar da engrenagem perversa do consumo desenfreado e do "tem que ter".
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